TV: Resumo - Faking It Season 1


Esses dias eu tava vendo alguns posts sobre cultura pop e vi a sinopse de uma nova série da MTV. Confesso: não me atraiu. Apesar de ser um plot original, a história tinha tudo (tudo mesmo) pra dar errado, mas tenho que dizer que me surpreendeu demais! E, por tratar de temas tão polêmicos, Faking It tá na boca do povo e correndo gifs por aí a solta. Se você não sabe do que se trata, abre o link rapidinho e vem entender o que todo mundo tá comentando!

Então, Faking It veio com a premissa de ser mais uma das séries que se passa numa high school, contando a história de garotas que buscam a popularidade e uma delas quer o cara gostosão e popular e blablablá. Sempre tem aquela que faz de tudo pra conseguir o almejado reconhecimento (que normalmente é uma loser) e aquela que é malvada (a loira líder de torcida). Pois bem, esse universo existe em Faking It, porém é posto totalmente ao contrário. Como assim, Mari? Me encarregarei de explicar.
O colégio Hester High é tipo o colégio dos meus sonhos. Lá, feministas, gays e ativistas são os populares, e as patricinhas são as tradicionais "losers". Logo no primeiro episódio somos contemplados com o colégio inteiro fazendo um manifesto contra a direção! Mandem um desse pro Brasil!!!!!!!!!!!!!! E nesse universo nos são apresentadas as duas personagens principais: Amy e Karma, duas melhores amigas, daquelas de infância mesmo, que vivem grudadas, etc etc. Daí você pensa: Tá, nada demais, eu tenho/já tive uma amiga assim e isso não quer dizer nada. Pois bem, em Hester High significa! Logo surgiram boatos que as duas seriam namoradas e Karma, que tinha uma certa obsessão em se tornar popular (oi Rachel Berry), quer porque quer confirmar esses boatos, dá um beijo na melhor amiga na frente do colégio todo, é ovacionada por isso (tipo quê????????????????) e começa um namoro falso. Daí o nome: "Faking It", que significa algo como "Fingindo".


Confesso que quando vi essa sinopse aí achei uma porcaria. Ok, é diferente, é original, mas achei que viria como mais uma das séries cheias de estereótipos e preconceitos. É com grande alegria que falo que Faking It me surpreendeu e muito nesse quesito! O casal lésbico não é estereotipado, o triângulo amoroso não é estereotipado e muito menos o colégio é estereotipado! A vilã até então era a única que poderia ser considerada não tão original, mas ao longo da série percebemos que ela não é tão vilã assim - e se tornou uma das minhas personagens favoritas! <3

Se me lembra Regina George? SIIIIIIIIIIIIIIIIM!!! <3


Daí você vê o Pilot, acha uma graça e decide terminar de ver a série (são só 8 episódios de 20 minutos gente, mais amor pra série!), achando que é só comédia. Pois: NÃO É! Juro que estava procurando por algo que não me envolvesse tanto, que eu não sofresse, mas gente... Meio impossível. Logo depois de beijar a melhor amiga, Amy se vê enfrentando seu carma (rs nossa que piadinha legal) ao se apaixonar pela bff. Detalhe: Karma estava envolvendo-se com o gostosão do colégio, Liam Booker, e jurava ser hetero. Daí os sete episódios restantes giram em torno do triângulo amoroso e do sofrimento da loira, que tenta: 1) arranjar um homem, 2) ao ver que não gosta tanto assim, arranjar uma mulher, 3) ao perceber que não quer outra mulher, ficar com Karma. Quem mais acha que ela vai sair ferrada? o/


Enquanto a Amy já sabe o que quer e já sabe o que sente, a Karma fica com o Liam esporadicamente e começa a acreditar que gosta dele. Pois bem, essas são as partes que eu mais odeio na série. Entendo que é importante pro desenrolar da história e que o garoto realmente gosta dela, mas coração de shipper não tem jeito, né. Aliás, tento MUITO odiar o Liam, mas não rola, não dá. Ele é muito fofo e dá pra entender porque a Karma gosta dele, no fim de tudo.


Fora do núcleo 'triângulo-amoroso-mais-complicado-que-Edward-Jacob-e-Bella', temos um dos personagens mais caricatos de Faking It: Shane! Infelizmente, ele é um dos únicos que seguem no estereótipo (fofoqueiro, barraqueiro e todas essas coisas que AMAM colocar pra gays), mas o romance dele com o Pablo só deixam as coisas ainda mais fofas! E ele ser melhor amigo de um cara também é muito diferente - se fôssemos comparar, Liam e Shane seriam como Amy e Karma antes do namoro. O moço também é o conselheiro profissional de Amy e quem garante as boas risadas que damos na série. 


Pra falar de quem acredito ser a personagem principal, compararei a Karma com a querida Rachel Berry de Glee. A garota é irritante, obcecada por popularidade, obcecada pelo cara mais popular do colégio e no fim de tudo acaba se ferrando. Acho que, mais do que a Lauren, a ruiva foi feita pra ser odiada e causar uns suspiros de impaciência, mas não tem como não gostar dela. Sério. Só olhar o sorrisinho e a gente se derrete que nem a Amy pra ela. Shame on us!!!

Alguém me ensina a odiar, gente.

Então, resumidamente, Faking It é uma das séries mais legais e originais que existem na face da Terra. Apesar de ser bem estilo Malhação e adolescentes e pessoas querendo descobrir quem são (SIM, EU AMO ISSO), os pontos altos são tantos que nem consigo declarar aqui. Um dia falaremos do tanto que FI está prestes a mudar na sociedade LGBT mundial. Fico feliz em falar que veio para abrir portas, e a normalidade com que a homossexualidade é tratada torna a série ainda mais incrível. Os estereótipos que são derrubados me deixam muito, muito satisfeita, porque eles provam de uma vez por todas: Ser lésbica não te faz menos feminina, e não tem nada de errado nisso!
Se você não viu, veja! Juro que não irá se desapontar! :)

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