Título Original: Her
Diretor: Spike Jonze
Distribuidora: Sony Pictures
Classificação: 5 estrelas
Sinopse: [+]
Imagine-se em um futuro não tão distante, daqui a uns 20,
30 anos. Sua vida, seus costumes, sua realidade. Difícil, não é? Spike Jonze
praticamente cria um novo mundo onde a tecnologia e a vida humana andam juntas.
Pessoas andam com fones nos ouvidos falando com computadores, cartas são
impressas como se tivessem sido escritas e relacionamentos com sistemas
operacionais são relativamente normais. Essa é a Terra onde Theodore Twombly
(Joaquin Phoenix) vive, e para onde somos levados pelos 126 minutos de duração
do filme. Parece uma relação agridoce, e nos primeiros momentos o filme parece
ser direcionado para a evolução da tecnologia, mas depois a verdadeira essência
do longa se apresenta. O amor de que Jonze trata é puro, romântico e
apaixonante.
Theodore é um escritor de cartas recentemente divorciado da esposa, tornando-se um homem angustiado e solitário. As relações dele são quase todas com computadores, e seus únicos amigos passam também por suas crises, passando a imagem de que todos continuam com sua vida, menos ele.
"Não sei o que quero. Nunca. Eu estou sempre confuso. Tudo que faço é magoar e confundir todos que estão ao meu redor."
Sua solidão acaba quando ele compra um novo sistema operacional, instala-o em seu computador e celular e, sendo um pouco clichê, em seu coração. “Samantha” (Scarlett Johansson), como o sistema gostava de ser chamada, parece uma mulher extremamente doce, carismática e sim: engraçada! Mas, infelizmente, só parece. Theodore e Samantha vivem um romance fadado ao fracasso desde o começo, e é extremamente gostoso vê-los se amando, aceitando os defeitos um do outro e fazendo tudo para ficarem juntos. Apesar disso tudo, o amor do sistema mudou o protagonista. Ao longo do filme, percebemos sua evolução: o retorno do amor-próprio, e principalmente da sua autoconfiança.
"Olá, estou aqui". Esse é o sistema operacional, ou, no caso, a "Samantha".
Diferente de outros filmes futurísticos existentes, Her é
profundo e tocante. Depois que acaba, ficamos com uma sensação de “quero mais”
e uma grande interrogação na cara. Mais que um filme de romance, é um filme sobre
as relações humanas e sobre a influência da tecnologia nas nossas vidas. É
incrível pensar que daqui a alguns anos tudo aquilo poderá ser verdade, e que,
poderemos, todos nós, ter uma Samantha em nossas vidas e conhecer esse amor tão puro que existe entre os dois.
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